Dois Olhares

In the spring of 2010, fiscal austerity became fashionable. I use the term advisedly: the sudden consensus among Very Serious People that everyone must balance budgets now now now wasn’t based on any kind of careful analysis. It was more like a fad, something everyone professed to believe because that was what the in-crowd was saying.

And it’s a fad that has been fading lately, as evidence has accumulated that the lessons of the past remain relevant, that trying to balance budgets in the face of high unemployment and falling inflation is still a really bad idea. Most notably, the confidence fairy has been exposed as a myth. There have been widespread claims that deficit-cutting actually reduces unemployment because it reassures consumers and businesses; but multiple studies of historical record, including one by the International Monetary Fund, have shown that this claim has no basis in reality.

 

Paul Krugman

"The 20s are like the stem cell of human development, the pluripotent moment when any of several outcomes is possible. Decisions and actions during this time have lasting ramifications. The 20s are when most people accumulate almost all of their formal education; when most people meet their future spouses and the friends they will keep; when most people start on the careers that they will stay with for many years. This is when adventures, experiments, travels, relationships are embarked on with an abandon that probably will not happen again."

- Eu, também, sinto que existe uma nova etapa na nossa evolução. Não somos adolescentes mas também não somos ainda adultos ou, pelo menos, não me sinto assim. A economia - os recibos verdes, a precariedade, os baixos salários - ajuda a esse sentimento.

Somos a geração sem futuro. Um título nada abonatório mas demasiado real. Estamos encurralados. Vamos pagar o défice mas sabemos que a Segurança Social, entretanto, entrará em colapso pelo que o melhor é nem pensar em reforma.

Desempregados com mestrados e pós-graduações engordamos os números de empresas de trabalho temporário. Prestadores de serviços é a profissão do futuro. Isto é, enquanto esta não for tomada de assalto pelos chineses. E depois? Emigrar. Inglaterra precisa de dentistas. Austrália enfermeiras.

A hemorragia continua. O investimento na educação continuará desaproveitado. Tantos milhões gastos, e para nada. Em média os patrões têm menor escolaridade do que os empregados. Pagar o menos possível tem a primazia. Viva à economia low-cost! Há viagens, hotéis, carros, e até funerais low-cost.

A incerteza do futuro vai ser sempre o nosso fiel companheiro. Pessimista ou realista?

- Isso não sei, mas, olha, manda vir mais minis que ainda tenho muitos tremoços.