Costuma-se dizer que os ratos são sempre os primeiros a abandonar o navio. E é o que me apraz dizer quando ouço os apelos dos banqueiros, que reunidos à porta fechada, decidiram, sem apelo nem agravo, o futuro do país. As eleições são apenas decorativas porque, como diz a Manuela Ferreira Leite, "quem paga é quem manda". As normas europeias, ao impediram o financiamento dos Estados através dos BCE, conduziram a que o poder estivesse do lado dos mercados.
O mais surreal desta história toda é que quem incendiou o navio foram os banqueiros e agora, por arte mágica, transformaram-se em fiscais e acusam os bombeiros de ter provocado as inundações.
Mas o que terá mudado nas últimas semanas para este apelo dos banqueiros? O problema de Portugal, apesar de muito dinheiro mal gasto, nunca foi uma questão de dívida pública mas sobretudo a dívida privada e o financiamento dos bancos, como afirma o Director-Geral do FMI. E esse problema e
Apesar de todos os factos conhecidos, as opiniões dos banqueiros são sempre tratadas com muito respeito, emitidas essencialmente por pessoas sérias, a pensar no bem comum. Enquanto que as opiniões de lideres sindicais são facciosas, querem é o bem bom deles.
Uma questão de percepção, portanto!
Ó i ó ai, Quando se embebeda o pobre
Ó i ó ai, Dizem, olha o borrachão
Ó i ó ai, Quando se emborracha o rico
Acham graça ao figurão