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Dois Olhares

"Wovon man nicht sprechen kann, darüber muß man schweigen."

O impulso de Cavaco Silva para que os partidos cheguem a um "entendimento" é mais um passo na consolidação da anti-política. Por isso gostaria de deixar um excerto de um texto meu de Novembro de 2011, que julgo que mantém toda a sua actualidade:

 

"No dia 9 de Novembro de 1989, o Muro de Berlim começou a ser derrubado, marcando o início do fim da Guerra Fria. Um fim surpreendente para um conflito que durara quatro décadas. Ninguém imaginava que um dos blocos implodiria por si, muitos julgavam que iria assistir-se a uma simbiose entre os dois modelos de desenvolvimento, uma síntese hegeliana.

 

O instinto estava correcto mas não ocorreu com a antí-tese imaginada. Em vez de existir uma sintese com o sistema soviético estamos a assistir uma síntese com o sistema chinês.

 

A partir do 1980, os governantes chineses foram sucessivamente substituidos por tecnocratas, fieis ao partido único, mas com um saber técnico e profissional que faltava aos "revolucionários originários". Esta alteração trouxe importantes implicações ao sistema político chinês (o original pode ser encontrado aqui):

 

- Em primeiro lugar, os actuais líderes chineses tendem a pensar que a política é como um projecto de engenhariacada problema tem uma solução, e quando a solução é encontrada, o caminho para a verdade deve ser claramente seguido, não sendo sujeito a quaisquer vozes dissidentes;

 

- Em segundo lugar, a política, ao invés de um processo aberto em que as pessoas devem participarse torna uma questão de engenharia social, com limites claros e soluções certasEm algum grau, a elite na China têm praticado uma política de anti-política, isto é, tentando acabar com a deliberação, conflito e participação;

 

(...)

 

Ora, ao olhar para o que se assiste diariamente na Europa e no mundo ocidental verifica-se que estamos a caminhar neste sentido. Um futuro com menos direitos, mais horas de trabalho e pior remunerado, o esvaziamento do discurso político e da legitimação pelo voto, por um poder tecnocrata alheado das aspirações dos eleitores."

De acordo com o artigo 120º da Constituição da República Portuguesa: "O Presidente da República representa a República Portuguesa".

 

Seguem cinco razões, entre outras, porque não irei votar no Mui Ilustre Prof. Cavaco Silva, actual Presidente da República:

 

1º - De acordo com o artigo 122º da CRP, para PR são elegíveis os cidadãos eleitores, portugueses de origem, maiores de 35 anos. Com essa idade quero um presidente que conheça as leis da natureza:

 

 

 

 

2 - Para representar Portugal prefiro um PR que coma com a boca fechada:

 

 

 

3 - que não confunda o Papa com um papagaio:

 

 

 

 

 

4 - Sem comentários:

 

 

 

 

 

5 - Sem comentários 2

 

 

 

 

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