Nos restaurantes franchisados presentes nas praças alimentares dos centros comerciais têm-se assistido a uma tendência: o cada vez maior número de escolhas disponíveis aos potenciais clientes. Um dos exemplos mais notórios são os restaurantes de pasta: escolhe-se o tipo de massa, os ingredientes (mas falta ainda um, argh!), o molho, sal, pimenta. Todas estas escolhas irritam-me. Estou na minha pausa de almoço, a tentar relaxar, e sou bombardeado com perguntas e mais perguntas.
Sempre pensei que esta fosse apenas mais uma das minhas idiossincrasias uma vez que nunca fui muito dado a escolhas. No entanto, na sua autobiografia, "Life", Keith Richards alia-se à minha batalha ao defender a gravação de oito pistas em contraposição com as actuais possibilidades ilimitadas precisamente por considerar demasiadas opções, o que impede a criatividade.
A verdade é que segundo Barry Schwartz, num livrinho chamado "Paradox of Choice", ao contrário do senso comum, a multiplicidade de escolhas não nos liberta nem nos torna mais felizes mas sim exactamente o oposto, torna-nos infelizes e as nossas escolhas acabam por ficar restringidas.
Assim, quer sejam ingredientes, sons ou fontes (não é verdade JSP?) menos é mais.