Antes de mais quero dizer que estive quase quase a acertar no euromilhões. Faltou-me só cinco números e duas estrelas. Todas as semanas isto...
Das viagens que fiz de avião raras foram as vezes que fiquei preocupado com a viagem. Nunca tive aquele medo do avião cair, ou de ficar traumatizado com turbulência. Talvez porque sempre fiz voos de uma duração máxima de duas horas. Ora, para ir a Nova Iorque, são precisas sete horas de voo para lá e cinco para cá. E desta vez, estar a não sei quantos metros de altitude num avião enquanto via filmes, preocupou-me. Sobretudo no regresso a Portugal. Depois da descolagem, tivemos uns bons 15 minutos de intensa turbulência, que fez com que agarrasse a mão da companheira Sofia e pensasse seriamente se eu seria religioso ou não. Ganhou o não.
Pela primeira vez num voo tive distracções oferecidas pela companhia, neste caso a tap. Desde jogos, música, notícias, informações do voo e filmes. Aproveitei para rever o fantástico Wall-E e vi o Ghost Town com o Gervais no papel principal. Trata-se de uma comédia leve, com argumento pouco original, mas que sobrevive bem com as situações cómicas criadas e com o desempenho do Gervais. O mais engraçado deste filme é que a acção passa-se em Nova Iorque e vimos o filme à ida. Por isso, desde logo ficámos avisados para termos cuidado com os autocarros, com o piso escorregadio por causa da neve e que de cada vez que espirrássemos era porque passámos por uma alma. Informações preciosas para quem viaja para Manhattan.
Para terminar este post deixo um lembrete a mim próprio para o futuro. No regresso tivemos ao nosso lado um senhor já idoso que realizava o seu primeiro voo. Ele estava nervoso, sentia-se deslocado, não sabia trabalhar com a tecnologia do touchscreen da tap, não percebia os botões do comando. Eu percebo isso tudo, nem julgo. Mas o senhor nem o cinto sabia apertar e nem tentava. Dependia em tudo das hospedeiras. No futuro, posso vir a estar ultrapassado no tempo, mas macacos me mordam se não vou fazer de tudo para perceber como se enfia uma peça de metal noutra. Ou questionar-me a mim prórpio porque raio é que as hospedeiras aparecem de cada vez que se carrega naquele botão mesmo em frente à cadeira. Manias minhas...