A ideia de categorizar, classificar e organizar é uma característica intrinsecamente humana, o que permite explicar a obsessão em arranjar denominações para gerações: temos a geração rasca, à rasca, nem nem, deolinda...
Tretas, não existe uma geração. Ao mesmo tempo, confluem diversas sensibilidades, com interesses e aspirações dispares. Por exemplo, há diversas gerações 60's, acreditem, a maioria não era hippie com flores no cabelo; da mesma forma que a dos 50's não era predominante beatnik.
Na verdade, tenho tanto em comum com alguns espécimes da minha geração como com um Neanderthal, confesso até mais com este do que com aquele, felizmente. A extrapolação que se faz de algumas características individuais para se pintar todo um grupo, cuja característica comum, por vezes única, é o simples facto de ter nascido à volta do mesmo ano, é no mínimo exagerada.
Como diria Marx (Groucho, não o Karl): Não quero pertencer a uma geração que aceita uma pessoa como eu como membro.