Por vezes, quando estudava alguns (e não eram poucos) pedaços de história, era impossível não me interrogar como foi possível terem sido tomadas determinadas decisões sem que ninguém se apercebesse quão ridículas eram. Períodos como a grande depressão e as guerras mundiais, a forma como Portugal desperdiçou as riquezas trazidas pelos descobrimentos, a queda do império romano são apenas alguns exemplos.
E, infelizmente, temo que o período actual seja visto da mesma forma pelos nossos filhos e netos. As decisões que se têm tomado para combater a crise fazem lembrar um hamster a correr na sua roda. Corre, corre para acompanhar a roda, que, por esse impulso, é ainda mais veloz, e, quanto mais corre mais a roda acelera, o que dificulta, e obriga-o a correr ainda mais rápido, até que, por fim, é atirado com violência para fora da roda.