Um dos adágios moralistas mais conhecidos consiste em "o crime não compensa".
No entanto, vou aproveitar este espaço para fornecer um conselho a todos os Irmãos Metralha por esse mundo fora: ao assaltarem uma casa, toquem à campainha e quando do interior perguntarem "Quem é?", respondam, muito sucintamente "Sou eu!".
Esta simples frase é o "Abre-te Sésamo" das pessoas honestas. Quem nunca respondeu desta forma ou abriu a porta com tal resposta?
Reflectindo, esta é uma resposta fortíssima. Este tom assertivo de quem afirma que é uma pessoa concreta, definida, sem qualquer dúvida identitária evidencia uma grande maturidade. "Sou eu!" tem uma enorme carga ontológica, contrapondo-se, por exemplo, à carga metafísica do "Ninguem!" de Garrett.
Voltando, porém, aos Irmãos Metralha receio que os seus problemas de identidade, como comprova o constante uso de máscaras, impossibilite esta estratégia.
Isso e o Tio Patinhas.