este pequeno ciclo sobre a Alemanha
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este pequeno ciclo sobre a Alemanha
Para combater a crise actual devíamos fazer como os brasileiros e dominar o complexo do alemão.
Existe um certo orgulho pátrio por termos no nosso vocabulário uma palavra intraduzível para outra língua: saudade. No entanto, outras culturas têm palavras que conseguem resumir igualmente uma série de emoções. Na Alemanha, por exemplo, há uma palavra que infelizmente não tem correspondência em português: Schadenfreude, que significa tirar prazer do azar ou infortúnio de outrem, como quando nos rimos a ver alguém a cair.
A diferença, porém, entre este conceito e sadismo afigura-se que terá a ver com a qualidade do outrem: ninguém se ri se uma idosa cai desamparada (a menos que seja sádico, lá está!) mas não conseguimos conter as gargalhadas se um motociclista estatela-se no chão enquanto tentava fazer um "cavalinho".
E, esta semana, confesso que nada me deu tanto prazer como os 3 do Hapoel ao Benfica, os maiores melhores do Mundo e quem sabe da Europa, futuros vencedores da Champions, que apenas a fruta e o sistema os impediam de alcançar a glória suprema.
É que, ao contrário do politicamente correcto, não considero uma aberração sentir Schadenfreude quando os nossos rivais internos se despenham na Europa. Claro que racionalmente é inexplicável mas a rivalidade é isso mesmo: uma ligação emocional muito forte, de muitos anos, e apenas possível com algo que nos seja próximo. Por esta razão é que a existe aquela carga emocional dos "derbys" e dos clássicos. Nos outros países é até visto com uma certa naturalidade: perguntem aos adeptos do Manchester City se gostaram de ver o United a ganhar a Champions ou se os do Real apoiaram o Barcelona no mundial de clubes! Considero que, em certa medida, é elogioso, sempre é melhor do que a completa indiferença.
E para terminar o apogeu de Schadenfreude em vídeo:
Nos meus tempos de faculdade tinha um colega que tinha uma espécie de dom: chegava sempre atrasado. E quando digo atrasado é mesmo atrasado, não são aqueles quinze/trinta minutos portugueses, consoante a importância do atrasado. Não! Ele conseguia cometer a proeza de entrar na sala de aula cinco minutos antes do terminus da mesma. Quando os alunos encontravam-se inquietos e ouvia-se o burburinho antecedente ao fim da aula, entrava ele triunfantemente, carregado de livros, cadernos e canetas, arrastando mesa e cadeiras à sua passagem. Nesse momento acabava a aula. Este comportamento era recorrente, o que levou a que fosse inclusive elaborada uma bolsa de apostas sobre o seu atraso: nunca ninguém acertou no atraso; apesar de recorrente o atraso nunca era previsível.
Sinceramente perdi o rasto desta personagem, desconheço quais as suas actuais funções profissionais, presumo que não teria muito futuro na DHL. No entanto, posso afirmar com total certeza que não é o responsável pelo atraso na chegada dos blindados, 45 viaturas antimotim, viaturas destinadas a transporte de detidos, um canhão de água, uma viatura pesada e seis ligeiras para remoção de obstáculos.
Posso afirmar isto com esta veemência porque, ao contrário do noticiado, não existe qualquer atraso. Como sabem a greve geral encontra-se marcada para o dia 24 de Novembro e este material vem mesmo a calhar.
No seu encontro, o Cavaco Silva ofereceu a Obama um cão de loiça. Por sua vez, Sarkozy já transmitiu que o que lhe fazia falta era um sapo de loiça.
Na terça passada a era do cd morreu de vez. A última grande banda que resistia ao iTunes cedeu.
Ontem, ao ver o debate no Prós e Contras decidi que vou votar na Fátima Campos Ferreira, pareceu-me ser a única capaz de manter na ordem os advogados.
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