Na tradição deste blog transcrevo o texto escrito há cerca de 12 anos:
Presépio, não acham um objecto estranho. Reparem bem nas suas características:
- Tem um bebé todo nu, ao centro, deitado em palhas (aqui a doutrina divide-se porque a escola de Lisboa acha que está estendido, enquanto que a escola de Coimbra considera que está deitado) o que em pleno Dezembro, com o frio que está, não deve ser nada agradável.
- De um lado tem a mãe e do outro o padrasto completamente vestidos. Porque é que não emprestam um pouco de roupa ao bebé?
- A mãe não devia estar também deitada? Acabou de passar por um parto e o bebé até é grande (ou será que não está à escala?) deve estar cansada, coitada?
- O padrasto está apoiado com o pau. Será que usou o pau para bater na Maria, ora se ela estava casada com ele e teve um filho que não é de ele apenas pode significar uma coisa: ele é cornudo! O diabo também tem cornos e está vermelho de raiva. Será coincidência? Mas para além disto, o José é mesmo coitadito porque é casado e ainda nada porque a Maria é virgem!
- Temos ainda um burro e uma vaca! Ora aqui é que está a parte inteligente do presépio! As pessoas costumam explicar aos filhos que estão lá para aquecer o bebé. Ora se tivesse muito frio ele não estava nu! Na verdade, estes animais são o alter-ego da Maria e do José. Basta pensar um pouco: o que é que nós chamamos a uma mulher que está casada com um e tem um filho do outro? Uma vaca! E o que nós chamamos a alguém que acredita na história que foi o Espírito Santo que lhe engravidou a mulher e que ela continua virgem? Um burro!
PS: Porque é que há muitos presépios com neve? Alguém alguma vez viu nevar em pleno deserto!
PSD: Este artigo não quer ofender de qualquer forma as crenças das pessoas.