Em Portugal, todos os governos gostam de usar a linha propagandista: "somos um governo reformista". Não é, por isso, de estranhar que as duas principais figuras do Estado - Presidente da República e Presidente da Assembleia da República - sejam reformados.
Acontece que apesar de todo este ímpeto, a crise chegou a Portugal. O problema, ao que parece, era falta de reformas. Já tinham sido gastas todas as reformas nacionais, por isso foram importadas reformas do estrangeiro. Estes técnicos preparadíssimos iam colocar os mandriões dos portugueses na linha.
Afinal, os resultados não foram os previstos. Os técnicos eram bons, disso não há qualquer dúvida, porém não eram conhecedores da realidade portuguesa, e os portugueses, enfim já se sabem como são.
E agora? Bom, são precisas mais reformas e estas não podem parar, pelo que a segunda melhor opção - a primeira seria um ditador - passa por celebrar um acordo de salvação nacional que mantenham em curso as necessárias reformas.
Enquanto o país continua a ser um gigantesco estaleiro, os jovens emigram, os nascimentos são menores que as mortes, e verifica-se um continuado envelhecimento demográfico.
Rumo a um país só de reformas.