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Dois Olhares

"Wovon man nicht sprechen kann, darüber muß man schweigen."

Nestes últimos dias, com a atenção avassaladora dada à eleição do Papa, a Igreja Católica teve os seus 15 minutos de fama e mostrou em todo o seu esplendor o magnífico produto de construção humana que ela é.

 

Para um não crente, como eu, a forma como as normas ou costumes, nascidos de necessidades práticas (por ex: o conclave), se vão consolidando em dogmas e tradições como sedimentos que lentamente produzem montanhas é, numa palavra, fascinante.

 

Assim como é fascinante verificar que perante um deus silencioso a religião age como um ventríloquo que procura condicionar comportamentos alheios através da sua própria noção do que é certo e errado.

Passei os últimos dois dias a ouvir teólogos, filósofos, cristãos, judeus, islâmicos, hindus... E quanto mais os ouço, mais convicto fico no meu ateísmo. Ouvir um filósofo famoso dizer que não são precisos argumentos para provar deus, parece-me parvo. E no entanto, o senhor é uma grande figura de prestígio. Por esta lógica, quando alguém disser que viu um fantasma, não o precisa de provar. Ou se alguém disser que viu de facto o pai Natal, quem sou eu para dizer o contrário. Dizer que "deus é a melhor explicação para existir algo em vez de nada", não cola comigo. Se há, há. Se não há, não há. Se há, provem-no. Mostrem. Digam onde anda. Rematar um documentário a dizer que "nenhum dos lados tem uma prova irrefutável" é absurdo. Eu tenho uma. Não existe, não há, é uma história de embalar. Como sei? Da mesma forma que descobri quando era miúdo que não podiam sair monstros do meu armário durante a noite.

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