Neste momento, Portugal está a ser alvo de bullying: estamos a ser insultado, tratados como um choninhas de óculos, o "bom aluno" a quem roubam o dinheiro de almoço. Os "nossos" lideres amedrontados calam, comem e ainda pedem desculpa.
É natural. A única forma de sermos respeitados é termos respeito por nós próprios, mas preferimo-nos auto-flagelar, como naquela cena do Sétimo Selo do Bergman.
Sim, claro que também temos culpas. No entanto, não seria mal pensado retorquir àquele Finlandês, que perguntou a Passos Coelho se o almoço deste seria pago através dos seus impostos, que, se calhar, estava de férias com o dinheiro que os Portugueses gastam anualmente em Nokias, e que, nesse caso, nem achava mal sermos consumistas.
Se são assim os "nossos" lideres haverá hipótese para Portugal? Teremos a nossa coluna definitivamente quebrada: um mero servo sem opinião nem poder de decisão sobre os nossos destinos colectivos. A liberdade perdida e um simulacro de democracia: o nosso país transformado numa colónia da Alemanha.
O sangue derramado, as lágrimas vertidas, o sacrifício dos nossos antepassados na construção e independência do nosso país merecia mais respeito e memória: 900 anos de história esquecidos e vendidos por um punhado de euros. Não sou patriota, nem muito menos nacionalista, mas uma vez que todos estão a "defender" os seus povos, gostaria de ver os "nossos" líderes a defender o nosso, com actos corajosos e concretos, sem subserviências.
Talvez o primeiro passo seja recuperarmos o respeito por nós próprios, por Portugal...
* Emiliano Zapata