Ao ler que a PT vai patrocionar a estação de metro Baixa-Chiado, lembrei-me de Infinite Jest: o Estado para angariar dinheiro vendia o nome dos anos, desta forma, em vez de 2004 ou 2005 teriamos o ano do whopper ou o ano da barra Dove.
A beleza da grande literatura, uma vez que consegue destilar, melhor do que qualquer outra coisa, a alma humana, é conseguir ser um portal para o futuro.
Os apoiantes desta medida dirão que não há qualquer mal neste negócio, porquanto servirár para financiar uma empresa pública com um enorme buraco financeiro.
A verdadeira questão é que as coisas actualmente deixaram de ter um determinado valor para ter apenas um preço. E quanto assim é onde será traçado o limite? Porque não vender o nome das ruas ou dos monumentos? A Torre Viagra dos Clérigos ou o Padrão dos Descobrimentos com Google?