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Dois Olhares

"Wovon man nicht sprechen kann, darüber muß man schweigen."

 Margarida Menezes, 26 anos, virgem, fundadora do Clube das virgens, diz que "as  pessoas têm vergonha de assumir a virgindade. Têm medo de ser confundidas com pessoas sem vida social, o que não corresponde à verdade". Isto porque o seu clube ainda não têm uma única sócia. Margarida, se por acaso me ler, pense nisto: o seu clube não contará com uma única sócia pois ser-se virgem é algo parvo para se assumir? A sério! Acho isso tão parvo quanto eu assumir que não consigo lavar os dentes em frente a outras pessoas. É verdade, não consigo, mas não aborreço as pessoas com esse facto. Pelo menos não no Telejornal. A Margarida é virgem e tem orgulho nisso? Porreiro. Mas ter tempo de antena por isso? Já é mais estranho. A não ser que esse orgulho, que esse discurso de encontrar o homem certo, seja no fundo um grito de socorro e queira mesmo tratar do assunto. Se assim for podemos falar que já há algum tempo que não o faço. Até posso contar como virgem dado o tempo que já lá vai.

Curioso foi, logo a seguir a esta reportagem, a RTP1 ter dado a notícia de montes de casais que certamente já trataram do assunto e vão anuncia-lo publicamente no St. António. 

Margarida. Agora fiquei curioso. Quando perder a virgindade, conte-nos como foi. 

Nos primeiros dias de sol fico mais bem disposto que a Bárbara Oliveira Pinto. E hoje dei por mim a cantar na rua bem alto. A tal ponto que, ao passar por um senhor já com uma certa idade, ele comentou: "ah, seu comuna!" (Cantava uma música revolucionária). Namorasse eu agora e hoje era noite de truca-truca. Mas não, vou trabalhar que me vou lixar. 

 

Aqui

 

Faz hoje 106 anos que reabriu a Universidade de Coimbra, mandada encerrar pelo governo, a 14 de Março de 1903, na sequência da famosa "Revolta do Grelo". Nos dias 8, 9 e 10 de Março de 1903 os fiscais de contribuições exigiram o pagamento do novo ‘imposto de selo’, no valor de 1.300 réis, e, a 11 de Março, as vendedeiras de hortaliça, no Mercado de D. Pedro V, iniciaram uma greve que se estendeu a outros sectores da cidade: indústria, comércio e universidade. Não obstante terem ocorrido fuzilamentos perante a ordem de encerramento da universidade e da intimação a que todos os que não tivessem família na cidade, saíssem de Coimbra no prazo de 24 horas, os estudantes, a 14 de Março, em Assembleia Geral, afirmaram a sua permanência e a continuidade das manifestações de desagrado perante uma lei considerada injusta. Cantou-se ‘A Portuguesa’ e foram feitas aclamações à República. O 'grelo' passou a ser usado pelos estudantes como insígnia da Revolta de 1903 e é ainda hoje usado nas pastas académicas pelos estudantes ‘grelados’.

 

Recentemente, no Porto, as vendedeiras do mercado do Bolhão fizeram uma manifestação, mas nada disso envolveu estudantes universitários, aliás, nos dias que correm, parece que nada envolve estudantes universitários excepto: escândalos pontuais nas ditas ‘praxes’ e complexos turísticos vandalizados. Interrogo-me se as diferenças sociológicas serão o suficiente para explicar isto ou se os guardiões da tradição e dos costumes dos estudantes que ainda usam o ‘grelo’ se terão esquecido do seu significado.

Na sequência de dois estudos publicados em Março no New England Journal of Medicine, a Sociedade Europeia de Urologia considerou que os dados são "insuficientes" para recomendar a adopção de um rastreio generalizado do cancro da próstata como medida de saúde pública. Os peritos invocam a possibilidade de um "sobrediagnóstico", que resulte em tratamentos "excessivos".

 

A associação não refere limites de idade (mínimos ou máximos) para o teste de rastreio (geralmente, a vigilância é iniciada aos 50 anos e deixa de ser benéfica a partir dos 70). Assim, a remete-se para o doente e para o médico a decisão individual de fazer o teste e, eventualmente, avançar para um tratamento. Sem convocatória geral à população.

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